Glúten

Você tem intolerância? Nessa onda de alimentos sem gluten, muitas pessoas questionam se realmente deveriam tirá-lo da dieta. Veja como reverter a situação.

Muita gente vai responder que não sabe. Isso é bem comum. Só para se ter ideia, um estudo com 3 mil doadores de sangue verificou que muitos tinham sorologia alterada para doença celíaca.

Eles foram chamados para fazer uma biópsia e, entre os que toparam, ficou constatado que havia pelo menos 1 celíaco para cada 214 doadores. Mas levando em conta que nem todos fizeram o exame, o número certamente seria maior.

Intolerancia ao Gluten
Intolerancia ao Gluten

A Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) estima que 2 milhões de brasileiros tenham a doença celíaca, e a grande maioria não tem o diagnóstico. E isso não acontece só aqui. Segundo um estudo da Clínica Mayo ( nos EUA ), 75% dos celíacos não sabem têm a doença. É que nem todo mundo apresenta sintomas. A intolerância ao glúten pode ser leve, mas também bem forte a ponto de ter que cortar totalmente o glúten. Por isso, é bom ficar de olho no que você ingere e como o seu corpo reage. Para ajudá-la nessa missão, faça nosso teste! Mas antes, fique expert em gluten, intolerância e suas consequências.

Expert em Gluten

O Glútem é a principal proteína do trigo, do centeio, da cevada, do malte e da aveia,. Quem consome alimentos com eles podem não sentir nada, como pode ter alergia, intolerância, ser celíaco ou ter dermatite herpetiforme.

Alergia: alguns minutos depois de comer glúten pode haver uma reação alérgica, tipo urticária com coceira e vermelhidão.

Intolerância: após ingerir glúten, geralmente, sente-se o abdômen distendido, dor no estômago, gazes e até diarreia ou constipação.

Dermatite herpetiforme: é a menos frequente e chamada de doença celíaca da pele, a pessoa apresenta pequenas bolhinas de água que coçam muito. Os locais mais comuns são cotovelos, costas, lombar e perna.

Doença celíaca: é a intolerância permanente ao glúten. É hereditária e autoimune. Ou seja, o próprio corpo rejeita o alimento.

Quem não sei cuida…

Gluten Celiacos
Gluten Celiacos

Todos os casos precisam ser tratados, principalmente a doença celíaca, porque ela pode provocar problemas na tireoide, hepatite autoimune, artrite, anemia, osteoporose, diabete, infertilidade, aborto de repetição e até câncer.

Em criança ou jovem, compromete o crescimento e atrasa a puberdade. Para descobrir a doença, há exames de sangue específicos, o anti-transglutaminase tecidular ( AAT ) e antiendomísio ( AAE ), e também uma biopsia intestinal feita através de uma endoscopia que mostra essa atrofia do intestino.

Agora é hora de saber se você tem algum tipo de intolerância ao glúten.

Glúten

A mudança dos hábitos alimentares se inicia de espontânea vontade e isso pode ocorrer em qualquer momento da vida. Basta um olhar mais atento para descobrir qualquer processo alérgico ou intolerância de seu organismo a determinados alimentos e redobrar os cuidados. Reconhecendo ser portador da doença celíaca, nós os ajudaremos na investigação dessa doença, que traz muito desconforto, com informações e esclarecimentos.

Intolerância ao glúten ou doença celíaca é um problema de saúde espalhado em todo o mundo, atingindo estimados 3% da população mundial, sem distinção de sexo, classe social ou idade.

Tratar essa doença é mais fácil e simples do que se imagina. Por isso, nosso propósito é auxiliar no reconhecimento de seus sintomas para minimizar os desconfortos e lhe possibilitar uma vida mais leve, saudável e sem glúten.

Glúten, vilão ou mocinho ?

Glúten (do latim, significa “cola” ou “grude”) é uma proteína vegetal, composta pela mistura de outras duas proteínas  chamadas glutenina e gliadina. É encontrada naturalmente na semente de muitos cereais, como trigo, cevada, aveia, triticale, malte e centeio, ou seja, em qualquer alimento produzido ou industrializado que na sua preparação tenha um desses componentes e em todos os alimentos derivaados desses grãos, como é o caso da cerveja, farinha e uísque.

Onde o glúten se encontra nos grãos de cereais?

No endosperma (parte interna) do grão de amido. Aliás, sua maior incidência está presente no trigo, que é um dos cereais mais ricos em glúten e foi geneticamente modificado por razões de produção.

O que acontece quando o glúten é consumido em excesso?

Acontece um acúmulo no organismo que pode provocar a diminuição da produção de serotonina e isso pode levar o paciente à depressão. Sem falar na psoríase e na artrite psoriática, entre outros males. Importante lembrar que isso não ocorre apenas nos pacientes com intolerância ao glúten, mas também nos indivíduos que não possuem problema com hipersensibilidade à proteína.

Como o glúten atua no organismo?

Na verdade, trata-se de uma proteína de difícil digestão e por isso mesmo provoca outros problemas no organismo, como é o caso da intolerância ou doença celíaca.

Seria, então, o glúten o grande vilão?

Sim e não, pois o que ele causa pode ser originado de qualquer alimento ingerido em excesso. No entanto, com o glúten o agravante pode ser maior, porque se trata de um componente frequente na dieta, e das mais variadas formas, em pães, massas, bolos, biscoitos, sopas, molhos, sorvetes e até em medicamentos, provocando uma má digestão dos nutrientes, o que leva o indivíduo ao desenvolvimento de uma hipersensibilidade.

Como surge essa hipersensibilidade?

De várias formas, desde uma alteração de humor, inchaço, abdominal, enxaqueca, artrite, renite, asma, dermatite, até ansiedade, diarreia, constipação, TPM etc.

E por que isso acontece?

Quando o organismo se depara com uma proteína do tipo do glúten, ou seja, de difícil digestão, ele trata de defender o corpo e para eliminá-la promove inflamação.

Mas não existe nada de bom no glúten?

Claro que sim – o glúten possui diferentes e proveitosas finalidades na produção de alimentos. Por exemplo, no processo de fermentação do pão, é o glúten da farinha de trigo que “segura” os gases no interior da massa, tornando-a fofa, aumentando seu volume e não a deixando murchar após esfriar. E como a carne e alguns vegetais, o glúten pode ser considerado uma fonte de proteínas. Ao ser cozido, adquire uma consistência dura como a carne. Aliás, em alguns pratos o glúten é usado para dar exatamente mais consistência e sabor às receitas.

Então, ele não faz mal à saúde?

Não. A menos que você seja portador da doença celíaca, a ingestão de alimentos com glúten não traz qualquer problema à saúde, porque sua ingestão não produz nenhuma reação química que maltrate o intestino.

Qual é a quantidade de glúten que um celíaco tolera sem efeitos adversos?

A quantidade pode variar de um indivíduo para outro – alguns toleram 35mg de glúten diário; outros, com apenas 10mg já entram em crise. Porém, a maioria dos doentes celíacos ingere 50mg de glúten, sendo esta a quantidade mínima “segura”. Hoje em dia, com a oferta de produtos industrializados, é muito fácil consumir essa quantidade.

O que é chamado de “contaminação cruzada”?

É uma forma de contaminação por via indireta, seja por meio de uma faca, talher, tábua de frios, panela, maquinário ou pratos – muitas vezes, apenas por usar o item com um alimento que contém glúten a contaminação já acontece.

A restrição do glúten pode ser considerada um novo modismo entre as pessoas?

Até certo ponto sim, porque as atenções logo vão se voltar para outros enfoques em relação à saúde. A história tem provado que é assim mesmo, o que não justifica que as pessoas ignorem os problemas de saúde porque eventualmente eles podem ser rotulados como “modismos”. Também não se deve, levianamente, consumir remédios ou adotar dietas sem prescrição médica motivado pelo modismo.

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