Oleo de Lorenzo

Medicina natural não é uma brincadeira e muito menos remédios manipulados podem ser considerados milagrosos e irresponsáveis, muito pelo contrário em ambos os casos. E ainda que em alguns casos um bando de “médicos com doutorado em TV” apareçam com curas e soluções que dão esperança para uma série infinitas de problemas, existe um deles que acabou ficando famoso no cinema, justamente, por que é quase um milagre: o Óleo de Lorenzo.
Aquele mesmo do filme homônimo (de 1992) protagonizado por Susan Sarandon e Nick Nolte, que acabou até indicado ao Oscar, e conta a história desse casal que dá de cara com uma doença degenerativa do filho e, não satisfeitos com o pessimismo dos médicos, acabam enfiando a cabeça em uma série de estudos que resultam, realmente, em um remédio que combate a doença. O que abate o filho, no caso, é a Adrenoleucodistrofia (ALD), uma doença rara que se dá diante de uma falha na formação do cromossomo X.
E o remédio é na verdade uma espécie de azeite formado pela mistura de trioneína e trierunica tirados dos óleos de oliva e colza. Um monte de palavras que podem parecer complicadas, mas que solucionaram um problema que vinha fazendo uma comunidade inteira de médicos sem sono.

Lorenzo Odone

oleo de lorenzo

Já o nome vem do filho desse casal, Lorenzo Odone, que foi desacreditado pelos médios a viver até os dez anos, mas que com tratamento seguiu até perto dos 30. Situação que, realmente, enche todos de esperança, mas também dá abertura para uma série de pesquisas que chegaram a uma conclusão bem diferente. A começar pelo próprio irmão de Lorenzo.
Conhecida por, em um período menor do que um ano, levar o paciente a estágios de cegueira, paralisia, ausência de fala e na sequencia a morte, a ALD pode então ser facilmente encontrada diante de testes muito antes de ela começar a dar as caras, e foi isso que aconteceu. Diante do problema de Lorenzo, já depois de descobrir o óleo, o pai descobriu que seu filho mais novo tinha 50% de chance de ter o mal e decidiu coloca-lo no mesmo tratamento. O resultado foi inspirador e a doença nunca acabou surgindo.
É lógico também que dentro do mundo científico isso não quis dizer muita coisa, e o tratamento ainda é considerado experimental nos Estados Unidos, enquanto uma enorme pesquisa inglesa que durou mais de uma década concluiu apenas que o resultado não foi o esperado. Uma afirmação que, junto com diversas outras pesquisas acabaram chegando ao resultado de que, muito embora o Óleo de Lorenzo não sirva para o tratamento da doença estabelecida, tem sim sua eficácia diante da prevenção de quem tem a propensão.
Uma resolução inconclusiva, mas que dá esperança à quem pode vir a ter ALD, e, por que não, para quem ainda luta em busca de uma cura.

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