Slow Food

Entrar no restaurante, fazer o seu pedido, pegar a sua refeição e se sentar à mesa, tudo isso em um tempo cada vez mais curto. Esta é filosofia do fast food (comida rápida em português), um movimento que se espalhou pelo mundo e se tornou parte importante do capitalismo e da cultura do século 21. Mas isso pode mudar com o Slow Food.

“Comida Lenta” em inglês, o Slow Food é um movimento que vai contra essas tendências e busca uma apreciação maior da refeição e de seus sabores, além de se preocupar com os tipos e origem dos alimentos que estão sendo ingeridos. Não é a toa que ao redor do mundo já existem centenas de associações que pregam a ideologia do Slow Food, já que é impossível não enxergar seus valores.

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Slow Food Pelo Mundo

As primeiras surgiram na década de 1980 e a mais importante delas foi fundada pelo cozinheiro italiano Carlo Petrini, em 1986, e leva, justamente, o nome Slow Food. A associação possui uma ramificação no Brasil, a Slow Food Brasil e mantém a filosofia chamada ecogastronomia, que reconhece as conexões entre o prato e o planeta, além de disseminar o uso sustentável dos recursos da biodiversidade e a valorização cultural dos alimentos.

O movimento ainda procura disseminar um modelo de agricultura que tenta levar esse conhecimento às comunidades, refletindo ainda em um cenário menos prejudicial ao meio ambiente e que remunere de maneira mais justa os agricultores. O Slow Food ainda apoia também o consumo de alimentos orgânicos, produzidos sem insumos agrícolas e agrotóxicos.

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Slow Food Hoje

Em 1989, representantes de 15 países assinaram um manifesto sobre o assunto. Escrito por Folco Portinari, um dos fundadores do movimento internacional Slow Food, entre outros pontos, o documento declara que “O Homo sapiens, para ser digno desse nome, deveria libertar-se da velocidade antes que ela o reduza a uma espécie em vias de extinção”.

Mas apesar dos pontos positivos, existem também muitas organizações contrárias ao movimento do Slow Food, afirmando nela é uma filosofia impraticável, já que para segui-las é preciso aumentar, expressivamente, o custo dos alimentos. Estas instituições ainda acreditam que, para aplicar esta filosofia seria necessário reduzir a qualidade da alimentação das classes mais pobres e aumentar a desigualdade no planeta.

Portanto, um assunto bem longe de uma unanimidade, ainda que seja indiscutível que, mais do que nunca, o mundo moderno mereça sim dar uma brecada em sua velocidade e volte a apreciar os sabores da vida.

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